Notas de Aulas Disponíveis
Abordamos a evolução do conceito de galáxias desde meados
do século XVIII quando surgiu a concepção dos Universos Ilhas
até o início do século XX quando E. Hubble mediu as distâncias das
nebulosas mais próximas.
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A Via Láctea é a galáxia mais bem estudada na literatura. Conhecemos
detalhes da sua população estelar, estrutura, cinemática e outros
componentes que dificilmente podem ser avaliados nos objetos mais
distantes. Assim o conhecimento da Via Láctea é fundamental para servir
de orientação e guia de interpretação dos resultados observacionais que
podem ser detectados nas outras galáxias.
Individualmente as galáxias são muito distintas entre si. Porém
existe uma série de propriedades que se comportam com muita regularidade
e que nos ajudam a entender e classificar estes objetos. Possivelmente
algumas destas propriedades contém as informações relevantes para
construirmos um cenário da formação e evolução das galáxias.
As galáxias espirais apresentam claramente os sinais de pelo menos
duas populações estelares:o disco e o bojo. Cada uma destas populações
mostram estruturas fotométricas distintas indicando que a formação e
evolução destas componentes seguiu padrões diferentes. As observações
mostram ainda que as galáxias espirais estão mergulhadas em um halo de
matéria escura cuja estrutura ainda é motivo de grande debate. Outra
característica importante destes objetos são os braços espirais cuja
estrutura depende da evolução de perturbações ondulatórias que ocorrem
nos discos.
Tradicionalmente sempre se considerou que as galáxias elípticas
fossem mais estruturas mais simples do que as galáxias espirais. Mais
recentemente tem sido descoberto que estes objetos apresentam
complexidades estruturais que muito provavelmente estão relacionadas com
a sua origem e evolução.
Os núcleos ativos (AGN) estão entre os fenômenos mais energéticos
observados no Universo. Acredita-se hoje que a origem das elevadas
luminosidades observadas se deva à presença de um buraco negro
supermassivo que gera um disco de acresçào responsável pelos mecanismos
de emissão de radiação.
As galáxias se associam em estruturas hierárquicas de multiplicidade
variada. Observa-se a presença de sistemas binários, grupos,
aglomerados e superaglomerados. Acredita-se hoje que estas estruturas se
originaram de perturbações cosmológicas acentuadas pela gravitação
durante a evolução do Universo.