Mas talvez o mais influente filósofo grego, pelo menos para as gerações que se seguiram até a idade média, foi Aristóteles (384-322 BC). A sua concepção era a de uma natureza inteligente na qual as funções decorrem de um projeto anterior prévia e meticulosamente elaborado. Os seus estudos bastante detalhados de botânica, biologia e zoologia o levaram a esta concepção orgânica da natureza, a qual ele julgava superior a uma concepção puramente mecanicista. Ele recusava fortemente o princípio mecanicista de que podemos conhecer o todo se conhecermos todas as partes deste todo. O motivo é que Aristóteles via neste processo apenas o conhecimento da causa material. Mas devia existir ainda uma causa formal, que explicaria como as partes deste universo microscópico se relacionavam entre si para gerar no final um objeto específico, tal qual podemos observar, e não outro. E ademais devia existir uma causa efetiva, reconhecida como o agente que teria produzido o objeto, e que mesmo antes da existência deste, já sabia o que deveria ser gerado. E deveria também existir uma causa final que indicaria o propósito final da existência de qualquer objeto. Aristóteles argumentava, a respeito da natureza, que o instante e as condições inciais não eram importantes, e que na verdade a natureza devia ser eterna e imutável. E neste sentido talvez tenha sido o primeiro proponente da teoria do estado estacionário.