Um dos mais antigos filósofos gregos a deixar registro de suas preocupações foi Anaxagoras (500-428 BC). Ele acreditava que o Universo sempre existiu, a princípio na forma de partículas infinitesimais, mas que estavam destinadas pela influência de uma mente cósmica a se tornar a natureza que apreciamos hoje. Esta mente cósmica erradicou o caos e segregou o todo para gerar algo mais harmonioso. Mas, esta visão não era compartilhada por todos. Parmênides (- 480 BC) acreditava que a nossa própria percepção introduz um elemento de indeterminação que gera necessariamente uma interpretação não única da realidade, e portanto deviam existir múltiplas interpretações da natureza, cada uma delas igualmente válidas. Em decorrência deste raciocínio os atomistas chegaram à conclusão de que, para evitar esta indeterminação, a natureza deveria ser constituída de uma série de fenômenos microscópicos que têm caráter próprio e que independem do observador.