2o semestre de 2014

Data

Apresentador

Título

05/Ago

Larissa Takeda

Sobre a origem dos sistemas de linhas estreitas no espectro de novas

12/Ago

Fernanda Urrutia

As propriedades e o caminho evolutivo das regiões de formação estelar no meio intergaláctico

19/Ago

André Vitorelli

Uma discussão aberta sobre a importância da Divulgação Científica na Astronomia

26/Ago

Luis Kadowaki

O Plano Fundamental dos Buracos Negros e a Atividade Magnética

02/Set

CANCELADO: Semana da Pátria

09/Set

Henrique Xavier

O que é o Espectro de Potência e qual a sua aplicação em cosmologia

16/Set

Bruno Mota

Estrelas Be: Uma Visão Geral

23/Set

Rodrigo Vieira

A evolução da "linha da neve" em discos protoplanetários: entenda porque está faltando água em São Paulo!

30/Set

Behrouz Khiali

Astrophysicists target mystery of powerful particles

07/Out

Nathalia Cibirka

O Projeto CODEX (COnstrain Dark Energy with X-ray galaxy clusters)

14/Out

Tatiana Michtchenko

Writing Physics/Astronomy Papers: publish or perish

21/Out

Juan Carlos Pineda

CUSP/CORE problem under a microscope: The minimum disk case

28/Out

CANCELADO: Feriado

04/Nov

Edgar Ramirez

A produção dos jatos nos núcleos activos de galáxias

11/Nov

CANCELADO

18/Nov

Cyril Escolano

2.5D global disk oscillation model applied to the Be shell star Zeta Tauri

25/Nov

Jullian Santos

Do Carbono às Biomoléculas



Sobre a origem dos sistemas de linhas estreitas no espectro de novas
Larissa Takeda

Resumo
Nesse trabalho discutimos a formação de componentes estreitas de linhas de emissão observadas em espectros de algumas novas. Nós estudamos as possíveis fontes físicas no sistema binário responsável pela emissão das componentes estreitas de altos fluxos que apresentam velocidade radial, primeiramente identificadas nas linhas de recombinação da nova recorrente U Sco em sua erupção de 2010. Uma busca por novas candidatas a apresentarem o mesmo fenômeno em seus espectros é mostrada, indicando pelo menos 11 outras novas com espectros similares. Nós comparamos a presença dessas componentes com parâmetros básicos das novas e com a classificação espectral na fase inicial permitida da evolução espectral. Modelos de fotoionização mostram que a região emissora de tal radiação não deve ser restrita ao lóbulo de Roche, uma vez que seu volume é insuficiente para reproduzir os fluxos observados. Uma análise comparada também exclui o disco de acreção e a cromosfera da secundária como fontes da radiação. Nós sugerimos a região em torno de L3 como uma possível região emissora, com base nas simulações de fotoionização.

Referências
- Bisikalo et al. 2010
- Diaz et al. 2010
- Ferland et al. 2013
- Mason et al. 2012
- Moraes et al. 2011
- Walter et al. 2012
- Williams et al. 1991
- Williams et al. 1994


As propriedades e o caminho evolutivo das regiões de formação estelar no meio intergaláctico
Fernanda Urrutia

Resumo
Apresentarei os resultados obtidos durante os 4 anos de doutorado, onde procuramos regiões de formação estelar no meio intergaláctico de galáxias em interação em diferentes estados evolutivos. As regiões encontradas são jovens, só alguns Myr, e apresentando um intervalo de massa que vão desde pequenos aglomerados estelares até massas comparável com as das galáxias anãs locais. Umas das principais caracteristicas delas é a alta metalicidade encontrada nelas, as quais são comparável à metalicidade solar.

Referências


Uma discussão aberta sobre a importância da Divulgação Científica na Astronomia
André Vitorelli

Resumo
A proposta para este Journal Club é abrir um espaço de discussão - mais do que uma apresentação - sobre a importância da Divulgação Científica na Astronomia. Diante da aparente desconexão que observamos entre o público geral e o ambiente acadêmico, o intuito é provocar a discussão falando sobre a origem e lugar atual da Astronomia, os objetivos, dificuldades e ganhos da Divulgação Científica e alguns exemplos.

Referências


O Plano Fundamental dos Buracos Negros e a Atividade Magnética
Luis Kadowaki

Resumo
Nesta apresentação discutiremos os conceitos básicos do então chamado ''Plano Fundamental'' dos buracos negros. Ele correlaciona as emissões rádio e raios-X com as massas dos buracos negros centrais hospedados em núcleos ativos de galáxias e microquasares. O seu estudo é uma importante ferramenta para compreendermos os mecanismos físicos que ocorrem nas regiões mais internas destes sistemas. Abordaremos brevemente estes mecanismos e as pesquisas mais recentes sobre este assunto. Por fim, apresentaremos o nosso modelo para explicar a correlação entre a emissão rádio e a massa do buraco negro central a partir de um estudo sobre a atividade magnética destas fontes. Acima de demonstrar somente resultados, esperamos criar uma discussão sobre vários dos procedimentos utilizados para obter esta correlação.

Referências
- Merloni et al. 2003
- Yuan et al. 2009
- Gultekin et al. 2009
- de Gouveia Dal Pino et al. 2010
- Plotkin et al. 2012
- Huang et al. 2014


O que é o Espectro de Potência e qual a sua aplicação em cosmologia
Henrique Xavier

Resumo
O espectro de potência da distribuição da matéria no Universo é um conceito muito importante em cosmologia e bastante mencionado na literatura, mas que em geral também nos é pouco familiar e pouco intuitivo. De maneira introdutória, pretendo apresentar esse conceito e explicar por que ele é importante em cosmologia e como ele pode ser determinado observacionalmente.

Referências


Estrelas Be: Uma Visão Geral
Bruno Mota

Resumo
Estrelas Be são estrelas da Sequência Principal que apresentam alta rotação, a qual, por meio de processos ainda desconhecidos, está relacionada com o surgimento de um disco circunstelar que se forma de material ejetado da estrela. Nossa concepção sobre as propriedades do material circunstelar em torno de estrelas Be evoluiu muito desde os trabalhos pioneiros de Struve (1931), que foi o primeiro a propor um modelo viável para explicar as linhas de emissão presentes no espectro destas estrelas. Uma revisão histórica da pesquisa em Be's pode ser encontrada em Underhill & Doazan (1982), Slettebak (1988), Porter & Rivinius (2003) e Rivinius, Carciofi & Martayan (2013). Sabemos que estrelas Be são marcadas por possuírem discos circunstelares que podem ser detectados via linhas espectrais em emissão sobre o espectro da fotosfera, pelo excesso de emissão no infravermelho, IV, resultante do reprocessamento da luz estelar pelo disco, e pela polarização da luz estelar pelo disco. Mais recentemente, deixamos de estudar o disco indiretamente, passando a detectá-lo diretamente através de medidas de alta resolução angular permitidas pela interferometria. Além disso, estrelas Be apresentam diferentes tipos de variabilidade que podem se manifestar em vários observáveis, abrangendo variadas escalas de tempo. Na última década, vimos surgir um consenso de como estes discos são estruturados graças a avanços tanto do ponto de vista observacional quanto teórico. Vimos o paradigma do disco de decréscimo viscoso (Viscous Decretion Disks, VDD), se fortalecer apoiado tanto pelas observações quanto pela teoria, tendo nosso grupo no IAG fornecido contribuições importantes na parte de transporte radiativo e de teoria de discos circunstelares com o auxílio do código de transporte radiativo HDUST.

Referências


A evolução da "linha da neve" em discos protoplanetários:
entenda porque está faltando água em São Paulo!
Rodrigo Vieira

Resumo
A "linha da neve" de discos protoplanetários é a menor distância a partir da qual o gelo pode sobreviver. Observações de asteróides de nosso sistema solar indicam que ela deva estar situada no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter (R~2.7 au). Modelos tradicionais de discos estáveis sugerem que no passado esta linha tenha se movido para um raio interno à órbita da Terra, no momento de sua formação. Isto quer dizer que a Terra poderia reter gelo nesta época, e consequentemente deveria ter muito mais água do que tem hoje. Neste seminário, vou descrever qualitativamente um modelo que explica a evolução da linha da neve, e propõe uma resposta para a "inconsistência" da quantidade de água na Terra.

Referências
- Martin and Livio (2012)
- Apresentação [.pdf]


Astrophysicists target mystery of powerful particles
Behrouz Khiali

Resumo
"Every second, our bodies and the objects around us are struck by cosmic rays that come mostly from sources deep in space. The highest-energy cosmic rays are the most energetic particles in the universe-far more powerful than anything humans could produce- but their origins are a mystery."

The origin of ultra-high energy cosmic rays (UHECRs) is one of the enduring unsolved problems of high-energy astrophysics. Identifying the source of UHE cosmic rays would improve our understanding of the most extreme astrophysical objects in the universe and the particle acceleration mechanisms they can support, and potentially establish the existence of hitherto-unknown exotic particles. The intent of this talk is to set the stage for the meeting by reviewing some of the basic features of the entire cosmic ray spectrum from GeV to ZeV energy and some of the models that have been developed. The connection will also be made to recent developments in understanding general astrophysical particle acceleration in pulsar wind nebulae, relativistic jets, gamma ray bursts, microquasars and AGNs. The prospects for future discoveries, which may elucidate the origin of cosmic rays, are bright.

Referências
- Blandford et al. (2014)
- Bray et al. (2014)
- Blasi et al. (2014)


O Projeto CODEX (COnstrain Dark Energy with X-ray galaxy clusters)
Nathalia Cibirka

Resumo
It is generally believed that the minimal model of the universe with six free parameters (Komatsu et al. 2011) is a very good description of the observational cosmological data available. This minimal model can be challenged by the comparison of structure growth at low (z < 0.3) and intermediate (z > 0.3) redshifts. In particular, the number density of galaxy clusters as a function of mass and redshift can be used to constrain cosmological parameters such as w0 by measuring the growth of structure in the universe (e.g., Henry 2000; Gladders et al. 2007; Henry et al. 2009; Vikhlinin et al. 2009; Rozo et al. 2010). This approach is conceptually straightforward, but its actual implementation is more difficult. This is because the clusters are identified based on their baryonic properties (e.g., galaxy counts, SZ decrement, X-ray luminosity), which need to be related to the underlying dark matter that is described by the theory. This calibration between the baryonic content and the total mass has been done using weak gravitaional lensing analyses of the clusters.

Referências


Writing Physics/Astronomy Papers: publish or perish
Tatiana Michtchenko

Resumo
O objetivo é apresentar, de forma bem humorada e descontraída, os principais 'mandamentos' de como preparar e redigir artigos científicos e seus respectivos resumos para publicação em revistas de circulação internacional. Espera-se a participação ativa dos 'mais experientes' na discussão dessa árdua tarefa com os 'iniciantes'."

Referências
- Adrian Wallwork 2011, "English for Writing Research Papers", Springer
- Jaroslav Fabian, site http://www.physik.uni-regensburg.de/forschung/fabian/
- Slides


CUSP/CORE problem under a microscope: The minimum disk case
Juan Carlos Pineda

Resumo
Rotation curves of disk galaxies are often used to probe the gravitational potential of their hosting dark matter (DM) haloes. Commonly, observers focus on Dwarves and LSB galaxies because in these systems DM is arguably the dominant component up to the central region, allowing one to estimate the DM density profile from the rotation curve alone (minimum disk approach). In this way several authors find that galactic DM haloes exhibit density profiles that are nearly flat in the central region (dens ~ r^0), fact that is in contradiction with the steep profile expected from cosmological LCDM simulations (dens ~ r^{-1}). This tension is known as the CORE/CUSP problem and is often cited as one of the big failures of LCDM cosmological simulations. In this work we aim to bring the analysis of observations and simulations closer together. For this we simulate several galaxies in isolation at a very high resolution and then we create mock observations that we analyse in the same way observers do for real galaxies. We explore the ability of observational methods to recover the real slopes of the DM density profiles as a function of critical parameters such as gas content, inclination, and distance, and test the validity of some common approximations used in the literature step by step.

Referências


A produção dos jatos nos núcleos activos de galáxias
Edgar Ramirez

Resumo
Os núcleos ativos de galáxias apresentam jatos de partículas observados nas frequências de radio. No entanto, apesar da quantidade de dados e observações, os detalhes do mecanismo que produzem os jatos permanecem incertos. Neste Jornal Club falharei sobre o artigo "On the efficiency of jet production in radio galaxies", e sobre o mecanismo mais aceito para produzir os jatos nos núcleos ativos de galáxias: o mecanismo Blandford-Znajek.

Referências
- Nemmen & Tchekhovskoy (2014)
- Blandford & Znajek (1977)


2.5D global disk oscillation model applied to the Be shell star Zeta Tauri
Cyril Escolano

Resumo
Be stars are rapidly rotating main sequence B type stars which, through some still unknown mechanism, form an outwardly diffusing gaseous disk rotating at Keplerian velocities. Zeta Tauri is one of these objects. Its various peculiarities arouse interest of both observers and theoreticians for decades, making it one of the prime laboratory for testing models and pushing forward our understanding of Be stars physics. After a brief introduction about Be stars in general, I will focus on the properties of Zeta Tauri, determined through the detailed modeling of various observables. The most recent results were obtained during my post-doc here at IAG and make use of a so-called 2.5D global disk oscillation model, that I will introduce as well.

Referências
- Rivinius et al. (2013)
- Stefl et al. (2009)
- Carciofi et al. (2009)


Do Carbono às Biomoléculas
Jullian Santos

Resumo
Diversas moléculas orgânicas foram detectadas tanto no Universo local quanto à altos redshifts. Elas são de grande importância para questões como o início da vida e para variados problemas astrofísicos como diagnóstico de galáxias e composição de cometas. Em especial os PAHs possuem grande importância no ISM, como indicador de Starburst e AGN. Examinaremos um pouco da história e características de algumas dessas moléculas e algumas implicações astrofísicas.

Referências
- Tielens (2013)