24/06/2009 – 14h – Auditório Principal, Bloco G – IAG/USP

Sylvio Ferraz-Mello

IAG/USP

Título/Title: Marés em satélites e exoplanetas

Resumo/Abstract:

Nosso conhecimento das marés nos corpos celestes é ainda hoje baseada na teoria de Sir George Darwin (um geofísico matemático filho de Charles Darwin). Muitos progressos ocorridos no século XX merecem ser mencionados, em particular a aplicação da teoria da elasticidade de Love e a compreensão do papel desempenhado pelas marés na geração de calor em satélites próximos (por exemplo, em Io) e na evolução dos sistemas de satélites. Contudo, o essencial de nosso conhecimento é ainda hoje aquele estabelecido por Darwin e questões cruciais como a ação da viscosidade no atraso das marés, permanecem desconhecidas. Neste seminário a teoria de Darwin será rapidamente revista e utilizada no estudo de Titan e de sistemas com exoplanetas quentes. No caso de Titan será visto como a excentricidade da órbita de Titan (0.03) força o satélite a ter uma rotação supersíncrona e como isto é impedido pelo achatamento equatorial do nucleo/manto de Titan, e como a rotação observada durante a missão Cassini (0.35 graus/ano) permite confirmar a existência de uma camada liquida abaixo da crosta e também estimar sua viscosidade. No caso de exoplanetas será mostrado um exemplo simples de como a órbita de planetas "quentes" é circularizada, e os efeitos de maré em um sistema formado por uma super-Terra e um Júpiter quente na proximidade imediata de uma estrela.

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