O que se observa na maioria dos aproximadamente 30 sistemas planetários extrasolares com mais de um planeta (www.exoplanet.org) é o fato das excentricidades serem muito grandes se comparadas com os valores que se predizem a partir dos modelos de formação (Kokubo & Ida 2002). É atualmente aceito que esses tipos de órbitas excêntricas podem ter origem na transferência de momento angular num processo de ejeção de planetas que originalmente o sistema continha e que perderam-se devido a instabilidade gravitacional (Raymond et al. 2009; Rasio & Ford 1996). No entanto, pouco se tem feito em relação às inclinações (parêmetro intrinsecamente indeterminado a partir de determinações por velocidade radial). Neste seminário vamos a apresentar um modelo simples que em principio poderia nos fornecer algum tipo de correlação entre a excentricidade com a inclinação.