Várias perguntas sobre a estrutura espiral das galáxias em geral e da Via Láctea em particular, fazem ainda debate: será que a estrutura é durável ou só provisória? Como ela nasce? Será que os parâmetros dos braços espirais (ângulo de abertura, velocidade de rotação, número braços, amplitude) são impostos pela configuração da Gálaxia ou diferentes estruturas podem sobreviver? Para dar um elemento de reposta a essas perguntas, estudamos modelos de perturbação espiral no potencial da nossa Galáxia, testando em particular a auto-consistência deles, ou seja a correspondência entre a perturbação imposta pelo modelo e as variações de densidade resultando das modificações induzidas nas órbitas.

Mostrarei neste seminário os resultados dos testes feitos sobre modelos com 2 e 4 braços, analisando em particular a influência dos paramêtros do modelo e das resonâncias sobre as auto-consitências radial (correspondência das amplitudas de perturbação para vários raios galactocêntricos) e azimutal (preservação das variações ao longo de uma órbita).