O mecanismo mais aceito atualmente para a formação de barras em galáxias prevê que estas estruturas surgem a partir de uma instabilidade dinâmica global em discos. No entanto, estudos recentes têm mostrado que este mecanismo não é satisfatório quando confrontado com observações detalhadas de galáxias barradas, tanto analítica quanto numericamente. No que se refere a galáxias lenticulares este mecanismo é ainda menos convincente, ja' que a instabilidade de barra surge em discos estelares dinamicamente frios e as galáxias lenticulares são sistemas estelares quentes. Com o intuito de aprimorar nossa compreensão a respeito da formação e evolução de barras em galáxias lenticulares, estamos realizando um estudo detalhado, com uma amostra de 22 objetos, que inclui fotometria no óptico e no infravermelho, espectroscopia e simulações N-corpos. Neste seminário, apresentarei resultados supreendentes da análise estrutural de 2 galaxias lenticulares barradas, que apontam para um cenário de evolução secular forte o suficiente para destruir o disco da galáxia. Além disso, propomos um novo mecanismo de formação de barras que pode contornar os problemas do mecanismo padrão e explicar a formação de barras em galáxias lenticulares.