Nicolau Copérnico (1473-1543) manteve a opinião de que a introdução, feita por Ptolomeu, do conceito do equante representava uma ruptura insuportável no ideal de órbitas circulares perfeitas. Como alternativa propôs a concepção de que a Terra, e os outros planetas, é que orbitavam em torno do Sol em órbitas circulares, introduzindo o heliocentrismo na discussão científica da época. Na verdade, a teoria de Copérnico também fazia uso dos epiciclos. A diferença é que para ele, o Sol, fonte de luz e energia, era o local mais provável para encontrarmos Deus. Portanto, ele, e não nós, é que devia estar no centro do Universo. Nesta concepção o movimento aparente de laço, já amplamente observado para o planeta Marte, é explicado pelo fato de estarmos numa órbita interna não sincronizada com a órbita daquele astro.