CRATERAS METEORÍTICAS NO BRASIL
INTRODUÇÃO
As crateras de impacto são estruturas formadas
quando um planeta ou satélite é atingido por meteoritos gigantescos. Os
projetos espaciais mostraram que não só a Lua , mas todos os corpos do nosso
Sistema Solar foram bombardeados intensamente por meteoroides durante sua
história mostrando como cicatrizes a superfície recoberta por crateras de
diversas dimensões nos planetas onde as atividades geológicas sessaram a
milhões de anos atraa como: a Lua, Mercúrio, Marte e as luas dos planetas
gigantes.. na Terra entretanto, que deve Ter sido tão bombardeada ou mais que a
Lua, as crateras são continuamente apagadas pela erosão e redeposição bem como
por vulcanismo e atividades tectônicas.
A primeira cratera a ser
reconhecida como metreorítica na Terra foi a famosa cratera meteorítica do
Arizona também conhecida como cratera de Barringer , descoberta na década de
20. Atualmente temos cerca de 120 crateras meteoríticas reconhecidas em toda a
superfície Terrestre (Fig. 1)), a maioria delas se encontram em terrenos
geologibcamente estáveis como os cratons da América do Norte, Europa e
Austrália, onde obviamente ouve um esforço de exploração e reconhecimento.
A cratera do Arizona foi
descoberta por trabalhadores que descobriram fragmentos de meteoritos
associados a cratera em si. Muitas outras craters pequenas foram descobertas
posteriormente todas com fragmentos meteoríticos, por muitos anos se pensou que
as crateras meteoríticas estavam diretamente associadas a descoberta de
fragementos meteoríticos que comprovassem a sua orígem. Entretanto hoje sabemos
que na formação de crateras maiores nenhum fragmento sobrevive intacto.
Nesses eventos massivos causados
por enormes meteoritos, a pressao e temperaturas geradas pelas ondas de choques
são tremendamente altas vaporizando
completamente o meteorito e o solo formando uma mistura com a rocha alvo e após
muitos milhares de anos qualquer componente meteorítico detectável já se erodiu.
Em alguns casos, uma abundância relativa de elementos siderofílicos pode ser
detectada nas rochas fundidas pelo impacto dentro da crateras gigantes como uma
assinatura química de orígem meteorítica.
O Brasil apresenta várias estruturas em anel com feições de
crateras meteoríticas x delas já foram
bem estudadas e são reconhecidas como astroblemas, outras estruturas
morfológicas apresentam algumas características semelhantes a crateras de
impacto, mas que necessitam maiores estudos conclusivos. Apresentamos aqui uma
sinopse do conhecimento atual destas estruturas.
Domo de
Araguainha
– 16º46`S 52º59`W, diâmetro: 40 Km, idade: 246 My [2]. Morfologia: aspecto multi-circular e concêntrico. Estruturas específicas: anel de rochas
elevadas com 10 km de diâmetro[3], feições planares, grabens semi-circulares e
cones de estilhaçamento, brechas polimíticas, feições planares, suevite, mixed
breccias dentre outras[4]. É
a cratera brasileira mais bem estudada.
Serra da
Cangalha
– 8º05`S 46º52`W, diâmetro: 12 km [4], idade: 300 milhões de anos. Morfologia: anel circular de vales. Estruturas específicas: estrutura mais aparente é um anel de vales
com 5 km de diâmetro. [3] Existência de
um núcleo soerguido com cerca de 3 km
de diâmetro, formado por uma serra circular com 250-300 metros de
altura, existência de cones de estilhaçamento. [4].
Vargeão - 26º50`S 52º10`W, diâmetro:
11 km, Idade: desconhecida. Morfologia:
depressão de forma circular com elevação central. Estruturas específicas: anel de depressão em torno da elevação
central, ocorrência de rochas de metamorfismo de choque with planar deformation
features (PDFs) and recrystalization, anomalias negativas de campo magnético de área,
fraturas anelares e radiais [1].
Riachão: 7º46`S 46º39`W, diâmetro: 4
km, idade: desconhecida. Morfologia: área circular esbranquiçada.
Estruturas específicas: apresenta-se
com um anel levemente erguido de 4 km de diâmetro, , brechas polimíticas dentro
da estrutura, presença de blocos caoticamente elevados no centro. Não foram
encontrados cones de estilhaçamento. Dista apenas 45 km em direção nordeste da
Serra da Cangalha. [4]
Além destas crateras devidamente reconhecidas, temos as seguintes feições geológicas que por falta de maiores evidências e estudos ainda não foram comprovadamente aceitas como crateras meteoríticas:
Estrutura de
São Miguel do Tapuio – 5º38`S 41º24`W, diâmetro: aproximadamente 20 km, idade: pré-abertura
do Oceano Atlântico. Morfologia:
assimetria das escarpas, íngreme e elevadas ao oeste e suaves a sudeste, dois
anéis concêntricos, apresentado soerguimento central. [4]Estruturas específicas: cones de deformação, lamelas de
deformação.[5]
Estrutura
Circular de Colonia – 23º 48`E 46º 42`W, diâmetro: 3 km, idade: < terciário (?). Morfologia: nítida depressão de forma
circular quase perfeita, com a parte central plana. Estruturas específicas: Profundidade da cratera de 350 metros,
preenchida por sedimentos quaternários argilosos.[4]
Inajah: 8º40`S 51º 0`W, diâmetro: 6
km, idade: desconhecida. Morfologia:
estrutura circular descorada, de elevação baixa. Estruturas específicas: parte central apresenta-se como uma bacia circular abaixada, parte de sua parede norte está muito retalhada, a
estrutura assemelha-se a Cratera Prinz da Lua. [6]
Jarau: 56º 33`W 30º12`S, diâmetro: 5.5 Km, idade: 117 ±
17 My. Morfologia: cratera circular Estruturas específicas: presença de
rochas metamórficas de choque, núcleo soerguido e grabben anular. [7]
Piratininga: 22º 30`S 49º10`W,
diâmetro: 12 Km, idade: 117 ±
17 My. Morfologia: Forma circular com
elevação central. Estruturas específicas:
estruturas de deformação planar, existência de recristalização e graben anular.
[7]
Several
others circular features visible on satellite image were also identified but
ainda não foram estudadas.
References: [1]
J. Hachiro et al., DIGEO/IPT, IGc/USP – DPE.[2] R. Romano et al., (2001) 64th
Annual Meteoritical Society Meeting.[3] Lunar & Planetary Institute, NASA Astrophysics Data System. [4] A. P. Crósta, (1982),
Cong. Bras. Geol. 32, Salvador, Anais...[5]
R.M. G. Castelo Branco, XVII Simpósio de Geologia do Nordeste, Fortaleza. [6] P.R. Martini et al,...
INPE. [7] J.
Hachiro, Instituto de Geociências da USP, ww.32igc.org/31Abstract/g25/G2505011.pdf.