II WORKSHOP :NOVA FÍSICA NO ESPAÇO

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Zulema Abraham

 

FORMAÇÃO DE POEIRA E SEUS EFEITOS NA ACELERAÇÃO DE VENTOS

ESTELARES E EM SISTEMAS BINÁRIOS EM COLISÃO

 

Diego Falceta-Gonçalves, Vera Jatenco-Pereira e Zulema Abraham

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

Universidade de São Paulo, Brasil

 

Observações comprovam a presença de grãos de poeira em ambientes astrofísicos tais como ventos estelares e também em ventos de sistemas binários, dentre outros. Em relação ao problema da aceleração de ventos estelares, há na literatura modelos que utilizam o amortecimento de um fluxo de ondas Alfvén como principal mecanismo de aceleração do vento composto somente de prótons e elétrons. Entretanto, observações comprovam a presença de grãos de poeira nesses sítios astrofísicos e desta forma, faz-se necessária a introdução de grãos nos modelos de amortecimento de ondas MHD. No presente estudo, analizamos os efeitos de um fluxo de ondas Álfvén agindo juntamente com a pressão de radiação nos grãos como um mecanismo de aceleração em ventos de estrelas ?late-type?. A presença dos grãos é simulada através de um forte amortecimento das ondas. Usamos um perfil de temperatura não isotérmico coerente com teorias de formação de grãos. Examinamos as mudanças no perfil de velocidade do vento e mostramos que se os grãos são criados na região 1.1 < r/ro < 2.0 a sua presença afetará a perda de massa e a velocidade terminal. O modelo é aplicado a uma estrela supergigante K5 e a Betelgeuse (alfa Ori). Em relação à sistemas binários massivos, praticamente todos apresentam altos fluxos de raio-X, não originados nas estrelas, mas ao seu redor, indicando a presença de ventos em colisão. Nós analisamos um modelo para explicar a curva de luz de raio-X de eta Carinae que apresenta, próximo ao periastron, um aumento na emissão raio-X seguida por um repentino decréscimo o qual permanece por ~ um mês. Para mostrar que a colisão de ventos não somente aumenta a emissão em raio-X mas também permite a formação de poeira, determinamos os parâmetros físicos na região de choque e consideramos os principais mecanismos de aquecimento e esfriamento radiativo para obter a evolução temporal da densidade e temperatura. Aplicando o modelo à eta Carinae mostramos que o declínio no fluxo de raio-X, observado em sua curva de luz, é uma consequência de sua alta absorção pelos periódicos eventos de formação de grãos, próximo da passagem pelo periastron. O melhor ajuste para a curva de luz nos permite determinar os parâmetros orbitais e as taxas de perda de massa para o sistema binário.

 

 

 

MODELOS UNIFICADOS DE AGNs

 

Zulema Abraham

Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

Universidade de São Paulo, Brasil

 

Os Núcleos Ativos de Galáxias são classificados a partir de várias características observacionais, tais como existência de linhas de emissão no seu espectro, distribuição de energia espectral no seu espectro contínuo, luminosidade bolométrica, etc. Alguma destas propriedades seriam intrínsecas aos objetos e outras geométricas, devidas a posição do observador com relação à fonte emissora. Neste trabalho apresentamos uma revisão dos diagnósticos observacionais que permitem separar estas propriedades, especialmente os relacionados com variabilidade e estruturas em escalas de parsec, e dos modelos que explicam os espectros contínuos, fazendo ênfase nas diferenças entre quasares e blazars.