Netuno

Netuno tem uma história de descobrimento que demonstra o alto grau de sofisticação da ciência no século XIX. Conhecia-se os planetas bem como suas órbitas com bastante precisão, de Mercúrio até Urano. Entretanto os cálculos das órbitas dos planetas usando a teoria da gravitação universal e a mecânica newtoniana não conseguiam prever algumas anomalias no movimento de Urano. John Adams e Urbain Jean-Joseph Le Verrier independentemente interpretaram estas anomalias como uma perturbação causada por um planeta ainda não descoberto. Baseado nos cálculos de Le Verrier o astrônomo Johann Gottfried Galle descobriu o hipotético planeta em 1846. O planeta foi encontrado com apenas 1 grau de diferença da posição prevista por Le Verrier.

A órbita de Netuno tem o semi-eixo maior medindo 30UA (exercício: calcula a duração de um ano netuniano). Seu período de rotação é de aproximadamente 16h, enquanto o período de rotação das camadas gasosas mais externas é de 17h.

Netuno é entre os gigantes gasosos o planeta que possui a maior densidade (1660 kg*m^-3). Seu núcleo é rochoso, composto de silicatos (como a crosta terrestre), envolvido por uma camada de H2O e CH4 líquidos enquanto as camadas mais externas são compostas de H e He, bem como CH4 e C2H6.

Assim como os outros gigantes, Netuno também possui um sistema de anéis bem como um grande número de satélites. A existência de seus anéis foi confirmada pela sonda Voyager 2 em 1989. Sua maior lua, Tritão, tem uma tênue atmosfera composta principalmente de N2.

Anéis de Netuno.
Evolução de nuvens em Netuno.
Tritão.

Imagens retiradas de Planetary Data System.


Página preparada por Rodrigo Feher.