Espectros Estelares

A luz das galáxias é produzida pelas estrelas que as constituem. Aqui se apresenta espectros de alguns tipos de estrelas, extraídos de Silva e Cornell (ApJS 81, 865, 1992) .

Note a designação das classes espectrais de estrelas:


Estrelas O5-A9 da sequência principal: são estrelas quentes, com temperatura superficial superior a 10000K. Como consequência, o espectro cresce para o azul. Note a progressão nas linhas de absorção hidrogênio.


Estrelas F7-K5 da sequência principal: a temperatura superficial varia entre 7000 (F7) e 4000 K (K5). A intensidade das linhas do H diminui pois a excitação nessas atmosferas frias é insuficiente para povoar níveis atômicos excitados. Linhas metálicas começam a ficar fortes. Note, em particular, as linhas H e K do CaII (perto de 3900Å), Mg I (5150 Å, veja especialmente as estrelas K) e a linha Na D (perto de 5800Å). Conforme a temperatura diminui, os espectros ficam mais "vermelhos".


Sub-gigantes A7-G8: conforme a temperatura diminui, a intensidade das linhas de absorção do H diminui e a das linhas metálicas aumenta. Várias linhas metálicas, produzidas principalmente pelo ferro, produzem uma depressão perto de 4100 Å  conhecida como banda G.


Gigantes azuis O7-F4: são estrelas massivas que começam a sair da sequência principal em direção ao ramo das gigantes. Note que as linhas de absorção do H são muito bem definidas. Conforme a estrela se expande, sua gravidade superficial diminui, relativamente à sequência principal, e isso aumenta a absorção do H.


Gigantes vermelhas: são estrelas frias. Os espectros são parecidos com os de estrelas da sequência principal de mesmo tipo espectral, mas as linhas são mais estreitas. Note a presença do tripleto do Ca perto de 8500Å. Essas 3 linhas do Ca são muito mais fortes em gigantes que na sequência principal.


Gigantes muito frias: aqui estão exemplos de espectros de gigantes vermelhas muito frias (T < 3500 K). O grau de excitação é tão baixo que moléculas são formadas nessas atmosferas. Os diversos níveis rotacionais e vibracionais de uma molécula produzem absorções (denominadas cabeças de banda) que se extendem de 1 a 300Å. As ``falhas'' no espectro são devidas a problemas com a subtração do espectro do céu.


Cabeças de banda extremas: estas são as gigantes mais frias conhecidas (e, provavelmente, as mais ricas em elementos pesados). As cabeças de banda são fortes, principalmente acima de 7000Å. Estes espectros são parecidos com os de estrelas da sequência principal de mesmo tipo espectral, mas as linhas são mais estreitas. Note o tripleto do Ca perto de 8500Å.


Supergigantes azuis: note a presença de linhas de emissão nos tipos mais quentes.


adaptado de http://zebu.uoregon.edu/spectra.html

Laerte 29/3/2000