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Estrutura Espiral e Evolução Química do Disco GalácticoJacques Lépine1 Para entender a evolução do disco
galáctico, temos que conhecer o papel da estrutura espiral, que têm papel
dominante na formação estelar. O gradiente de metalicidade no disco, e em
particular o gradiente de abundância de Oxigênio, reflete o passado
recente da taxa de formação estelar, já que onde a taxa de formação
estelar é elevada, a abundância de Oxigênio cresce mais rapidamente
(através da explosão de Supernovas de tipo II). Raios galácticos com
maior abundância revelam um passado de formação estelar intensa. Propomos
um modelo segundo o qual a taxa de formação estelar depende da taxa de
alimentação dos braços pelo gás do disco, ou seja depende da velocidade
relativa dos braços com relação à curva de rotação. O modelo prevê a
existência de um mínimo de formação estelar e de metalicidade, na
co-rotação. O mínimo é suavizado e pode parecer um plateau, devido aos
mecanismos de mistura de material de raios galácticos próximos. Um passo
importante na verificação deste modelo foi a determinação precisa do
raio de co-rotação no disco galáctico, através do estudo da amostra de
aglomerados galácticos. Construímos o catálogo mais completo existente
destes objetos, completando-o com a determinação de movimentos próprios e
de velocidades radiais. Estes objetos tem idade conhecida, e é possível
descobrir o local onde nasceram, integrando sua órbita galáctica por um
tempo igual a sua idade. Outro passo foi a determinação precisa do
gradiente de metalicidade de vários elementos, através da observação de
cefeídas, numa série de artigos de autoria principal de Sergei Andrievsky.
Em paralelo, diversos esforços têm sido feitos, com o objetivo de avaliar
a taxa de formação estelar e de aprofundar o conhecimento da estrutura da
Galáxia. |