Perguntas Frequentes

 

1. Como ingressar no curso de Bacharelado em Astronomia?

2. Qual a duração do curso?

3. Qual o perfil dos ingressantes no curso?

4. Como é o curso de astronomia? (duração, grade curricular)

5. O que o aluno aprende durante o curso?

6. Quais são as alternativas depois de formado?

7. Como é o mercado de trabalho para esse profissional? Onde ele pode atuar?

8. Quais são as dificuldades para esse profissional?

9. O que é necessário para ser um bom profissional em astronomia?

10. Existe moradia no campus ou tem alguma república que a faculdade sugere?

11. Sobre a taxa de abandono do curso, quantos alunos chegam a se formar por ano?

12. Como funciona a área de trabalho? Há a possibilidade de já acabar o curso empregado(a)?

13. Qual a melhor opção: cursar física com pós-graduação na área de astronomia ou cursar astronomia direto?

 

 

1. Como ingressar no curso de Bacharelado em Astronomia?

Para ingressar no curso de Bacharelado em Astronomia da USP é necessario prestar o vestibular FUVEST, que geralmente abre inscrições no mês de setembro. Mais informações em: http://www.fuvest.br/index.html

 

2. Qual a duração do curso?

O curso tem duração ideal de 8 semestres, podendo também ser estendido dependendo do foco do aluno ou se este julgar necessário realizar outras disciplinas.

 

3. Qual o perfil dos ingressantes no curso?

Para quem deseja cursar o Bacharelado em Astronomia é necessário, antes de tudo, gostar de Astronomia, e por consequência de física e matemática, já que são essas são as principais ferramentas dos astrônomos.

 

4. Como é o curso de astronomia? (abordagem, grade curricular)

A graduação em astronomia é basicamente um curso de física modificado e voltado para a astronomia, onde o aluno cursará primeiramente as matérias do núcleo de exatas como Cálculo, Física, Geometria Analítica e etc, não deixando de entrar em contato com a astronomia logo no começo com excursões didáticas, palestras e seminários de iniciação científica, além do suporte dos professores e disciplinas optativas que já podem ser cursadas a partir do 2º semestre. A partir do 3º semestre, o aluno começa a cursar as disciplinas que compõem o núcleo de astronomia, onde aprenderá o conteúdo específico e as diferentes áreas de atuação, bem como a pesquisa desenvolvida hoje em dia. Para saber mais, consulte a Sequência Ideal.

 

5. O que o aluno aprende durante o curso?

Durante o curso, são apresentadas as principais vertentes da astronomia, como Astrofísica Estelar, Cosmologia, Instrumentação, Astronomia Extragaláctica, Meio Interestelar, etc, e o aluno irá desenvolver trabalhos de pesquisa na área que tiver maior vocação, sendo supervisionado por um professor que trabalha nessa linha de pesquisa. Para maiores informações, consulte a seção Conteúdos.

 

6. Quais são as alternativas depois de formado?

O caráter interdisciplinar do curso prepara o bacharel para diversas possibilidades de atuação: Observatórios; Institutos de Pesquisa; Empresas de tecnologia avançada; Orgãos Governamentais; Difusão: Imprensa, Museus, Planetários etc.

 

7. Como é o mercado de trabalho para esse profissional? Onde ele pode atuar?

O número de vagas não é muito grande, mas a atuação é ampla. Além dos principais centros que já possuem grupos de pesquisa em astronomia, cada vez mais estão sendo criados novos grupos nas Universidades públicas (estaduais e federais) e até em algumas particulares, onde é possível o astrônomo exercer a docência no ensino superior e também desenvolver seu trabalho de pesquisa.

Além da carreira acadêmica, dado o carácter interdisciplinar da astronomia e a forte base em física, matemática e computação oferecida em sua formação, o profissional pode também atuar em outras áreas, como em  Empresas de tecnologia avançada; Órgãos governamentais; Difusão: Imprensa, Museus, Planetários etc.

 

8. Quais são as dificuldades para esse profissional?

Em primeiro lugar é necessário ser muito perseverante, pois hoje em dia raramente o astrônomo é contratado sem antes ter realizado pelo menos um estágio de pós-doutoramento, de preferência em uma instituição renomada no exterior. Isso faz com que o jovem  tenha que sobreviver com bolsas de estudo por um longo tempo (cerca de dez anos após a graduação), o que costuma trazer bastante insegurança do ponto de vista financeiro. No caso dos contratados no ensino superior, a maior dificuldade ocorre nos casos de cargas didáticas muito elevadas, pois não sobra muito tempo e energia para se produzir pesquisa científica de forma adequada e competitiva. A produção bibliográfica, na forma de publicação de artigos em periódicos especializados, é a de mais alto nível no caso da astronomia brasileira. Isso porque os trabalhos devem ter a qualidade necessária para concorrer com trabalhos apresentados em periódicos americanos e europeus, onde se concentram a publicações mais importantes da astronomia internacional.

 

9. O que é necessário para ser um bom profissional?

Como em qualquer profissão, é necessário gostar muito do que se faz e ter bastante afinidade com as “ferramentas”  do trabalho, que no nosso caso são a física e a matemática. É necessário ter curiosidade, gosto pela leitura e redação, facilidade de apresentação em público e facilidade com outros idiomas (inglês é obrigatório). Disposição para viagens é também importante, pois não se pode deixar de participar de congressos e reuniões científicas para apresentar seu trabalho e manter-se atualizado. Mas isso é muito bom, pois podemos fazer amizades em todas partes do mundo. Enfim, tem que gostar de estudar muito, pois o Universo é imenso e repleto de coisas por serem descobertas, o que torna o estudo infindável nessa área.

 

10. Existe moradia no campus ou tem alguma república que a faculdade sugere?

É possível morar dentro do campus, mas para isso deve-se atestar a situação socioeconômica no início do ano letivo - para que ela seja avaliada e, se estiver dentro dos parâmetros, aceita.
As repúblicas e apartamentos disponíveis na região não são de responsabilidade da USP. Os alunos devem procurar por conta própria. Nas proximidades do campus existem muitas opções, com diferentes faixas de preço. É só, antes das aulas começarem, ir checar as opções! Aliás, a USP pode fornecer auxílio moradia (uma bolsa  mensal  aos estudantes de fora de São Paulo em situação socioeconomica desfavorável).

 

11. Sobre a taxa de abandono do curso, quantos alunos chegam a se formar por ano?

Nossa primeira turma se formou recentemente. Desde 2009 (primeiro oferecimento) vários alunos desistiram, e provavelmente, o motivo é porque não tinham ideia de que o curso requer muita física e matemática. Muitos esperavam ver apenas astronomia, mas para a boa formação do astrônomo, o nosso curso acaba sendo muito semelhante ao bacharelado em física.
Neste caso, podemos estimar o mesmo índice de desistência, que é bem alto, não só na USP, mas no mundo todo. E nao é apenas da Física ou da Astronomia, mas na maioria das áreas de exatas, infelizmente.

 

12. Como funciona a área de trabalho? Há a possibilidade de já acabar o curso empregado(a)?

Para quem não quer seguir a carreira acadêmica ou científica, buscamos oferecer o mercado de trabalho em que se aplique as habilidades desenvolvidas no nosso curso, ou seja, um perfil computacional, instrumental ou espacial. Para a realização de estágios, pensamos em estabelecer convênios com a Embraer, o ITA, o INPE, a UFABC, o LNA e outras instituições ou empresas que possam estar relacionadas.
Neste caso, sair empregado(a) do curso vai depender das escolhas (disciplinas e projetos de pesquisa) que se realizar durante o curso. Imagino que as chances sejam as mesmas que as de um físico se formar já com emprego na área. Ou seja, locais para trabalhar certamente haverão, mas não serão vagas numerosas e nem tão evidentes.

 

13. Qual a melhor opção: cursar física com pós-graduação na área de astronomia ou cursar astronomia direto?
Em termos de carreira,a meu ver não há diferença. A opção de cursar física na graduação, e depois cursar astronomia na pós-graduação é o que a maioria das pessoas fez, enquanto não havia o Bacharelado em Astronomia na USP, ou quando não podia realizar o curso da UFRJ (que tradicionalmente oferece astronomia na graduação).
Agora, a pessoa que quiser ter um contato mais cedo com a astronomia, pode preferir nosso curso, já que a base em física é a mesma. Então, verique o que é mais prático para você.