ASTROFOTOGRAFIA NA CIDADE


Francisco Jablonski

INPE

Hoje em dia, 30% das pessoas do planeta Terra não enxergam mais a Via Láctea quando olham para o céu noturno. Na Europa e nos Estados Unidos, essa fração é de 60% e 80%. Isso acontece também no Brasil, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e a causa é a "poluição luminosa". Nesta palestra, eu descrevo como superar essa limitação, mesmo de dentro de uma cidade grande. No lugar de olhar o céu a olho nú, utilizo uma câmara digital do tipo DSLR e aplico às imagens diversas operações de tratamento de dados que são rotineiramente utilizadas por astrônomos profissionais, mas que são disponíveis livremente a qualquer um. Apresento um apanhado geral das soluções de hardware e software que desenvolvi para enxergar a Via Láctea, as Nuvens de Magalhães e objetos tão fracos quanto Próxima Centauri de dentro de uma cidade de 650 mil habitantes com uma câmera que tem apenas 2,7 cm de abertura. Ao final, demonstro o desempenho do sistema que desenvolvi aplicado a estrelas variáveis na constelação do Cruzeiro do Sul.