O QUE VOCÊ SEMPRE QUIS SABER SOBRE ATIVIDADE ESTELAR A PARTIR DE TRÂNSITOS PLANETÁRIOS
Adriana Valio
CRAAM/Mackenzie
Atualmente, dos 2109 planetas detectados, 1303 eclipsam sua estrela hospedeira, sendo 975 descobertos pelo satélite Kepler. Ao transitar em frente à estrela, o brilho da estrela é diminuído periodicamente de décimos de milésimos até 1% do valor original, dependendo do tamanho do planeta. Durante um destes trânsitos, o planeta pode ocultar uma mancha na fotosfera da estrela, causando variações ainda menores, mas detectáveis, na curva de luz da mesma. Acompanhando as posições destas manchas em trânsitos posteriores, é possível estimar o período de rotação de uma estrela, como Galileu fez para o Sol há quase quatro séculos atrás. Sabemos que o Sol não gira como um corpo rígido, mas possui rotacão diferencial. Acredita-se que estrelas do tipo solar também apresentem rotação diferencial, a qual pode ser estimada por este método caso sejam detectadas manchas em diferentes latitudes. Realizando o monitoramento contínuo da estrela durante anos, como fez o satélite Kepler, pode-se inferir ciclos de atividade magnética como o ciclo de 11 anos do Sol. Serão apresentados resultados do modelo aplicado a algumas estrelas detectadas pelos satélites CoRoT e Kepler.