Astronomia ao meio-dia

LAGARTO, LAGARTIXA, DINOSSAURO OU JACARÉ?

Ramachrisna Teixeira

IAG/USP



Mesmo sem nos darmos conta, a reposta a essa e a muitas outras questões como: Qual o tamanho do Sol? É maior, igual ou menor que a Lua? Quanto de energia gera e joga para o espaço? Quanto vai durar? Aquela estrela vermelhinha é anã ou gigante? Quem é mais brilhante? Qual a idade do universo? etc., passam obrigatoriamente pelo conhecimento das distâncias envolvidas. O grau de confiança dessas respostas está diretamente associado à precisão com que essa grandeza pode ser determinada. Não é exagero afirmar que de todas, a grandeza mais importante e fundamental em Astronomia é a distância. É o ponto de partida para transformarmos aquelas grandezas aparentes observadas, em absolutas. As várias estratégias utilizadas para obtê-la dependem de forma essencial, da medida de uma variação periódica da posição aparente das estrelas, a paralaxe estelar. É a paralaxe estelar portanto, associada ou não a outras quantidades observáveis que nos permite diretamente caracterizar fisicamente os objetos alvos e acessar suas posições e movimentos espaciais ou indiretamente calibrar a escala de distância com a qual medimos todo o universo. Nesse nosso encontro vamos discutir por um lado, o que fazemos aqui no IAG e em muitos outros centros buscando distinguir e caracterizar esses bichos todos. Por outro lado, vamos também abordar o grande salto e sonho que estamos prestes a concretizar com o lançamento do satélite da missão espacial astrométrica Gaia previsto para 20 de Novembro próximo. Com essa empreitada teremos uma visão tridimensional do universo muito mais confiável e a distância deixará de ser o calcanhar de Aquiles da Astronomia.


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