Astronomia ao meio-dia

Radioastronomia no Brasil - Passado, presente e futuro
Pedro Beaklini
IAG/USP


O Rádio Observatório do Itapetinga foi construído no final da década de 70 na cidade de Atibaia, através dos esforços do pesquisador Pierre Kaufmann da Universidade Mackenzie, e é o principal marco da história da radiastronomia no Brasil. Na época de sua construção, o observatório representava o melhor da instrumentação brasileira em astronomia e foi utilizado em observações pioneiras na área da física solar e na descoberta do primeiro mega MASER de água extragaláctico, em NGC 4945, além de estudos importantes sobre a linha de Órion e sobre a variabilidade em rádio galáxias. Durante a década de 80, o radiotelescópio chegou a ser utilizado em uma rede de VLBI (Very Long Baseline Interferometry), com antenas da América do Norte, com o objetivo de estudar jatos de quasares. Após passar por diferentes administrações (Mackenzie, INPE, ON), os últimos trabalhos publicados utilizando observações em Itapetinga são resultados do monitoramento de rádio fontes, como Centaurus A e o centro galáctico (SgrA*). Nos próximos anos a expectativa é da intensificação dos trabalhos de monitoramento, além do retorno das observações de MASERS. O próximo passo importante da radioastronomia brasileira será a construção de um novo observatório em parceria com a Argentina: o LLAMA (Long Latin America Millimeter Array) , que já foi tema da astronomia do meio-dia em 2013, e que será discutido no contexto do ALMA (Atacama Large Millimeter Array) e da radioastronomia brasileira no século XXI.


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