Astronomia ao meio-dia

Distâncias Galáticas além das curvas de rotação: o caso de W3
Felipe Navarete
IAG/USP


Diversos trabalhos apontam para medidas de distâncias Galáticas bem distintas em relação aos seus valores cinemáticos. Os resultados obtidos a partir de paralaxe trigonométrica e espectrofotométrica apresentam valores 50% menores que aqueles determinados via método cinemático (curva de rotação). Em particular, apresento a determinação da distância espectrofotométrica do complexo de regiões HII W3, estimada a partir da análise e classificação dos espectros de banda K (2.2 micron) de sete estrelas OB pertencentes à região. A distância de 2.20 kpc está de acordo com demais resultados não-cinemáticos, incluindo medidas de paralaxe trigonométrica e espectrofotometria no óptico. Os resultados obtidos por estes três métodos independentes também são incompatíveis com a distância cinemática de W3 (d=4.2 kpc). Recentemente, Moisés et al. (2011) publicaram um catálogo de 35 regiões H II Galáticas, das quais apenas 12 apresentam distâncias espectrofotométricas compatíveis com as cinemáticas. Estes resultados corroboram para um modelo estrutural da Via Láctea diferente daquele construído a partir das distâncias em rádio


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