Astronomia ao meio-dia

A Estrutura em Espiral da Via Láctea
alessandro moisés
univasf


Neste seminário, abordaremos um dos temas mais desafiadores da Astronomia: "O Estudo da Estrutura Morfológica da Via Láctea". É sabido que nossa Galáxia apresenta uma estrutura em espiral. Mas como se chega a tal conclusão? Veremos como a utilização de radiação eletromagnética, nos mais diferentes comprimentos de onda, auxilia nesta tarefa. De fato, cada faixa de comprimento de onda da radiação eletromagnética nos dá dicas importantes acerca da morfologia de nossa Galáxia. Outro ponto é que para se compreender o padrão morfológico da Via Láctea, devemos procurar por bons traçadores desta estrutura. Isto é, devemos determinar as distâncias de objetos que delineiem, com a maior precisão possível, o comportamento espiral do disco da Galáxia. Os objetos que mais são utilizados com essa finalidade são as regiões de formação de estrelas de grande massa. Chamadas de regiões HII. Em particular, é de interesse as regiões HII gigantes. A forma mais tradicional em se obter as distâncias destes objetos é por meio de métodos cinemáticos. Nesta metodologia, é a velocidade de rotação do objeto em torno do Centro Galáctico que se é medida. A distância é obtida quando se fornece esta velocidade a um modelo de rotação galáctico. Porém, existem outras metodologias com esta finalidade. As paralaxes trigonométricas e espectrofotométricas, conforme veremos nesta apresentação, podem servir como um contrapeso à metodologia cinemática. Entretanto, ao invés de se obter distâncias similares, quando comparamos estes métodos não cinemáticos com os cinemáticos algumas discrepâncias têm sido apontadas.


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