O projeto Gemini é um consórcio
internacional operando dois telescópios de 8,1m, um em Mauna Kea (4220m -
Havaí) e outro em Cerro Pachón (2720m - Chile). Os telescópios e toda a
instrumentação auxiliar estão à disposição das comunidades científicas dos
países membros, E.U.A., Reino Unido, Canadá, Chile, Austrália, Argentina e
Brasil. A instalação dos telescópios em ambos hemisférios possibilita a
observação em qualquer posição no céu, tornando acessíveis todos os objetos
importantes (por exemplo, as Nuvens de Magalhães, a galáxia de Andrômeda, M32 e
M33). Ambos os sítios oferecem altas porcentagens de céu limpo e excelente
estabilidade atmosférica.
Os telescópios são
projetados para explorar ao máximo a boa qualidade de imagem desses sítios. Deverão
ser obtidas imagens com diâmetros de cerca de 0,1" no infravermelho(IV)
próximo (~2,2µm) e limitadas sobretudo pela difração no IV remoto.
Na faixa do visível podem
ser obtidas imagens menores que 0,3", passíveis de melhoria por ótica
adaptativa. Os instrumentos iniciais fornecem recursos básicos para espectroscopia
e imageamento ótico e IV.
Embora o Brasil só disponha de 2,5% do tempo
nesse telescópio, ele oferece a possibilidade de desenvolver projetos que
exigem alta performance instrumental, atingindo objetos de baixo brilho
aparente.
O Departamento de
Astronomia tem tido projetos aprovados no Gemini e feito publicações
relevantes.