BACHARELADO EM FÍSICA COM
HABILITAÇÃO EM ASTRONOMIA
IF-USP + IAG-USP
Desde 1997, o Instituto de Física e o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
da USP oferecem o curso de Bacharelado em Física com Habilitação
em Astronomia. Você faz vestibular para Bacharelado em Física no IF-USP. Só a partir do
segundo ano do curso é que você opta por seguir a Habilitação em Astronomia.
Existem algumas vantagens em você escolher fazer uma Habilitação em vez de
fazer o curso tradicional de Bacharelado em Física:
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Você terá toda a formação
do Curso Básico, com a vantagem de ter, também, uma especialização;
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A grande vantagem: dependendo de seu desempenho durante a graduação, você poderá ingressar na pós-graduação
em Astronomia, no IAG-USP, diretamente no doutoramento, sem passar pelo mestrado
! Com isso você ganha cerca de 2 anos na pós-graduação !
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Durante o Curso de
Habilitação você terá mais facilidades para conseguir uma bolsa de Iniciação
Científica junto ao IAG para fazer pesquisas em Astronomia, já a partir do
segundo ano do curso de Física.
FÍSICA E ASTRONOMIA:
A astronomia moderna está
intimamente ligada à física: o céu pode ser visto como um laboratório
onde processos físicos e teorias podem ser testadas e comprovadas.
O astrônomo deve ter conhecimentos de Física e Matemática, ferramentas
essenciais para explorar o Universo e enfrentar os desafios presentes
na realidade profissional em que irá atuar.
O QUE FAZ UM ASTRÔNOMO ?
Em termos de atividade
profissional, o astrônomo é um profissional com sólidos conhecimentos
de física, matemática e computação. Ele usa esses conhecimentos para
descrever os corpos celestes e os processos físicos envolvidos em sua
formação e evolução, bem como em todas as suas características. Desse
modo, o céu pode ser visto como um grande laboratório.
A pesquisa em astronomia pode ser dividida em distintas sub-áreas:
1. ASTRONOMIA FUNDAMENTAL
Esta área compreende a localização espacial de membros do Sistema
Solar, estrelas e objetos extragalácticos.O círculo meridiano do
Observatório Abrahão de Moraes, Valinhos, SP, cumpre variados programas
de movimentos próprios com fotometria.
2. DINÂMICA DE SISTEMAS PLANETÁRIOS E MECÂNICA CELESTE
Este programa visa, essencialmente, estudar a evolução de longo período
e estabilidade dos sistemas planetários, Solar e extra-solares, dos
satélites e asteróides, e desenvolver ferramentas matemáticas e
numéricas, baseadas em diversas teorias de perturbações, para o estudo
dos fenômenos de movimento regular e caótico.
3. ASTROFÍSICA ESTELAR
Esta grande área é muito abrangente envolvendo formação de estrelas,
binários de raios-X, supernovas, surtos de raios gama, variáveis
cataclísmicas, evolução estelar, populações estelares do halo, bojo e
disco da Galáxia e em outras galáxias, aglomerados de estrelas,
estrelas pré-seqüência principal, estrelas frias e estrelas quentes,
estrelas de nêutrons, supernovas, buracos negros, ventos e jatos
estelares, surtos de raios gama e ondas gravitacionais.
4. AGLOMERADOS DE GALÁXIAS
Grande parte do trabalho envolvendo galáxias visa a análise de galáxias
membros de aglomerados, pois neste caso estas se encontram a
aproximadamente a mesma distância, o que leva a maior confiabilidade em
estudos de propriedades de amostras grandes de galáxias. Questões de
interações entre as galáxias de um aglomerado, e gás intra-aglomerado
são também estudados.
5. GALÁXIAS
Investigam-se galáxias normais e ativas. No contexto das galáxias
normais, estudam-se: a estrutura de nossa Galáxia, galáxias elípticas e
lenticulares com a presença de barras e bojos retangulares, modelos de
evolução química e populações estelares. Bojos de espirais são também
estudados, bem como sua estrutura espiral. Núcleos ativos de galáxias
são estudados em termos da formação de suas linhas de emissão, bem como
dos mecanismos de formação envolvendo discos de acresção e buracos
negros supermassivos e sua correlação com jatos extragalácticos.
Estuda-se também a região de formação de linhas largas e realiza-se
monitoramento de variabilidade dos núcleos ativos de galáxias (ou
quasares).
6. COSMOLOGIA
Estuda-se a formação das primeiras estruturas do Universo, efeitos de
campos magnéticos no Universo primordial, e a formação de galáxias.
7. MEIO INTERESTELAR
Estudo do material interestelar na Galáxia e em outros sistemas
estelares, envelopes estendidos e implicações sobre a estrutura
galáctica. Estudo de nebulosas fotoionizadas e estrelas centrais no
contexto da estrutura e evolução de galáxias e implicações sobre a
evolução química desses sistemas. Investigam-se também fenômenos
responsáveis pela evolução dinâmica do meio interestelar das galáxias
como: formação e destruição de nuvens, ondas de choques, turbulência e
raios cósmicos.
8. ASTROFÍSICA DO SISTEMA SOLAR
Estudam-se fenômenos da atmosfera solar, de planetas e satélites, e
cometas. As pesquisas solares se concentram basicamente no estudo das
propriedades globais e locais da coroa solar e estudo da evolução do
campo magnético solar. As pesquisas em cometas se concentram
basicamente no estudo da astroquímica, da fotometria (visível e
infravermelho) e da morfologia.
9. RADIOASTRONOMIA
Utilização do radiotelescópio de 13,7 m de Atibaia, do telescópio
milimétrico SEST (Chile) para estudo de linhas moleculares e fontes
extragalácticas. Desenvolvimento de instrumentação relacionada à
radioastronomia.
10. INSTRUMENTAÇÃO
Desenvolvimento e instrumentação para a Astronomia, tanto óptica e
infravermelho, quanto radioastronomia. O telescópio SOAR constitui-se
numa forte motivação para o desenvolvimento de instrumentos, sendo que
o departamento está envolvido na construção de dois espectrógrafos.
ONDE TRABALHA UM ASTRÔNOMO ?
No Brasil existem diversos
centros de pesquisa em astronomia já consolidados. Eles estão em
Universidades (em geral públicas mas também em algumas privadas) e
também em institutos de pesquisa do Governo Federal tais como o O
Observatório Nacional, o Laboratório Nacional de Astrofísica ou o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Além destes, cada vez mais
estão sendo criados novos grupos nas Universidades públicas (estaduais
e federais) e em algumas particulares, onde é possível o astrônomo
exercer a docência no ensino superior e também desenvolver seu trabalho
de pesquisa.
Além da carreira acadêmica, dado o carácter interdisciplinar da
astronomia e a forte base em física, matemática e computação oferecida
em sua formação, o profissional pode também atuar em outras áreas, como
em Empresas de tecnologia avançada; Órgãos governamentais;
Difusão: Imprensa, Museus, Planetários etc.